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Mostrando postagens de outubro, 2019

Manifesto Utopista

Manifesto subversiva pulsão de vida! À necrossociedade mórbida em que vivo, declaro sua falência! Estamos às portas do fim do mundo e nos quiseram fazer crer que o destino era o Capetal, infernal... Do capeta queremos apenas as festas e as cervejas (estupidamente geladas como nem os céus hão de nos dar!!...) Nosso mundo é aqui! Não é além de ninguém não! É materialmente nesta terra além de todas essas trevas, não me enganais não, há vida depois deste triste fim, há sim!! Manifesto subversiva alegria! Hei de cantar e de rir, e de abraçar, e de me alegrar, gargalhar, me divertir, o paraíso é aqui!! The happy end, como haviam nos prometido! E depois do fim será enfim um outro mundo... Nesta vida aqui, pratico subversiva imaginar-ação! Ação! Gravando! Vamos! Dancemos, cantemos, inventemos um novo devir! E há de vir! Somos todes sementes de frondosas árvores, arraigados às nossas raízes (que nunca morrem!), frutificando liberdade doce, sementes espalhadas por pássaros ingaio

Eu não acredito em meritocracia.

Não largue tudo pra ficar comigo!! Por favor, não tenha medo nenhum de me perder!!! Jamais serei sua, jamais serei de ninguém!!... Ah... Eu sou muito minha!! Tenho praticado subversivo amor-próprio... Minha água é imprópria pra consumo... Não me beba como um refrigerante ou seu último gole de cerveja... Não me procure no final da festa ou no tédio de uma sexta feira... Tb não me prometa o amor de uma vida inteira... Já possuo uma vida toda minha, só minha, cheia de histórias de amor verdadeiro, não tenho como lhe encaixar no lugar de único amor da minha vida... Não me ame se vc não me amar. Não fique se não quiser ficar... Não volte se não quiser voltar... Pratiquemos subversiva liberdade... Que só amemos qnd o coração palpitar... Que estajamos quando quisermos estar... Diga de todo coração que não me ama Que te guardarei de coração como alguém que respeita minha capacidade de me amar e permanecer inteira. Jamais tenha pena de mim. Vc jamais irá me merecer. Eu não a

A tempo ral

Atempo... Nos conhecemos deusas em outros mundos e vidas, outros tempos... E a cada dia, neste mundo, nesta vida, demorei a reconhecer-te, outrora deusa Atempo, neste mundo força motriz bruta como o masculino, Tempo, tempo, tempo tempo... "és um senhor tão bonito, quanto a cara do meu filho"... Pari minha divindade na maternidade, tal qual bruxaria na alquimia da vida, passados sete anos hj me encanto com a capacidade da tua força, lei intransponível desta vida. Hj aceitei tua mão estendida, reconheci tua face transmutada, outra hora deusa atempo, aqui nesta Terra deus Tempo, sem o qual a magia por aqui não acontece. Sem pó de pirlimpimpim instantâneo, todos instrumentos mágicos aqui dependem de ti, das palavras, às ervas e às pedras, tudo que não seja apenas momentâneo... Tudo tem tua energia em sua ação, tudo tem seu Tempo de coser, tudo tem seu Tempo de parir. E quando tua implacável força compreende que é Tempo de agir, de findar, partir, começar, ressurgir, não há existê

Sorriso sincero nas batidas do coração

Procuro pela dúvida, deparo-me com uma insistente estranha certeza. Ouço meu coração, ele bate num ritmo preciso, certo, sereno, insiste, vivendo, a mesma nobre certeza. Aquece, me pede respeito à sua existência. É uma espécie de clarividência. Como sempre. Quando o mundo me diz não. E pensamentos duvidavam de si mesmos. Hoje se aceitam. Caminham dispersos, encontram sofrimento, entendo que dançar compassados às batidas do cardíaco lhe trazem serenidade e paz à Vida. Aceitam, compassam, dançam, divertem-se e dói menos, como dói menos! Aceitação do compasso do coração. Saber ouvi-lo é melodia feroz, e mesmo que o mundo pareça atroz, ele segue com a certeza do que ainda está por vir. E sorri.

Dona Quixote

Faço versos de amor. Resisto. Existo. Faço versos de amor. Da atual conjuntura, eu me nego. É farsa. Não nego, às vezes rio. Sinto dizer, já pouco choro. Tenho sorrido. Tenho gargalhado. Tenho chorado de amor. Tenho amado. Tenho feito versos de saudades (ah que saudades da minha ex! Ah que saudade!!!...). Falo apenas de amor. Resisto. Existo. Esse ano eu não morro. (tenho morrido de amor cenas mexicanas que transformo em versos...) Ah... Mas sobre a atual conjuntura, eu me nego. Eu lhe nego existência. Tenho subvertido toda pulsão de morte, tenho sido Vida rasgando no ventre e nas veias. Tenho amado. Tenho acreditado. Tenho praticado subversiva fé. Tenho feito em mim, tenho feito de mim, revolução. Insisto em versos esperançosos, daqui 50 anos teremos árvores frondosas, em cujas sombras hemos de contar menos um capítulo de intolerância, a última geração de agressores, vencida pela fé no amor. Tenho vivido utopias.

Saudade de sentir, não de entender

Eu transformo em poesia tudo que silencio... Tudo que calo por força da vida, que já não falo pq ninguém entenderia... Como haveria então eu mesma de explicar a alguém o que nem eu mesma não entendo... Ecoa em mim nessas horas a sabedoria que me disse que se não quiséssemos entender tudo, seríamos bem mais felizes... A mesma voz que me emudece... Esforço-me em conviver com sua ausência, teimo em não aceitar lembrar... mas um dia alguém me disse o que talvez seja piegas deveras pra eu conseguir aceitar, mas como aceitação tem sido minha maior revolução, ecoa e ecoa a realidade... não é possível lembrar do que não se esqueça... Ora que travessa essa coisa de saudade... Como fazer-te entender o que nem mesmo eu entendo... Como explicar-lhe, caro leitor, essa coisa de saudade... Portanto talvez seja por isso mesmo que eu escreva... Que eu escreva poesia... Essa mesma voz que de forma estranha ecoa no fundo de mim, da qual desvio olhar e ouvidos... Mas ecoa, ecoa, ecoa... Bem lá do fundo et