Dona Quixote

Faço versos de amor. Resisto. Existo. Faço versos de amor. Da atual conjuntura, eu me nego. É farsa. Não nego, às vezes rio. Sinto dizer, já pouco choro. Tenho sorrido. Tenho gargalhado. Tenho chorado de amor. Tenho amado. Tenho feito versos de saudades (ah que saudades da minha ex! Ah que saudade!!!...). Falo apenas de amor. Resisto. Existo. Esse ano eu não morro. (tenho morrido de amor cenas mexicanas que transformo em versos...) Ah... Mas sobre a atual conjuntura, eu me nego. Eu lhe nego existência. Tenho subvertido toda pulsão de morte, tenho sido Vida rasgando no ventre e nas veias. Tenho amado. Tenho acreditado. Tenho praticado subversiva fé. Tenho feito em mim, tenho feito de mim, revolução. Insisto em versos esperançosos, daqui 50 anos teremos árvores frondosas, em cujas sombras hemos de contar menos um capítulo de intolerância, a última geração de agressores, vencida pela fé no amor. Tenho vivido utopias.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Espiral

A divina dança

O que fazes se são fases...