Sou quem somos (por Juh Almeida)

Deletar. Fingir que não está lá. Ver e não cumprimentar. Fingir que nunca existiu. Relações virtuais, fáceis demais de se acabar. Tão verdadeiras quanto este poema. Tão verdadeiras como um poema de Fernando Pessoa.

Tuas mãos calejadas de noites sonhadas comigo O amor do chá que eu te dei naquela noite de abrigo.

Silêncio... Ouve as vozes de dentro... Ouve a música lá fora... mensageiro dos ventos... o vento... a chuva, o frio... inverno... Tempo de recolher... Os galhos parecem secos mas é só mais uma parte da beleza de cada amanhecer... Logo menos surge denovo a primavera... Em cada primavera um novo florescer... - virá das boas sementes plantadas... A colheita é sempre justa, é parte da sua busca, se hoje fruto pequeno, muitos espinhos, talvez seja o caminho, terra seca demais em que insiste em se acolher... Vai, busca terra fértil, caminha, enfia os dedos e pés na terra, sente seu cheiro e o tamanho do aconchego que tem a lhe oferecer... planta denovo, recomeça, que fruto novo também vem... Colheita é sempre justa, semente boa em terra bruta tem pouco a lhe devolver.

- Fica em paz linda... Posso ouvir vc sussurrar... Tanto faz se é mentira da minha cabeça pr'eu me deleitar, desses desinventos faço minha literatura... Se hj realidade cruel da vida é dura, partiu sem dar adeus depois de palavras frias de desamor, aqui eu transformo tudo em flor, adeus sussurrado à flor da pele... Na minha Arte eu vivo a vida que eu quiser!... Aqui eu juro que vc pensa em mim o tempo todo, que me deletou na esperança de não querer mais saber, mas deita e me vê, toca músicas de saudade só pra mim... Sonha comigo, acorda de pau duro, goza sozinho e sente saudade do cheiro não sentido, do abraço não dado, do amanhecer sem girassóis colorindo sua manhã... Sem carinho trocado, sem amor matinal... Tens de mim apenas suor com gosto de alcool... a melhor parte de mim vc nem me provou... "nós somos medo e desejo, somos feitos de silêncio e som, tem certas coisas que eu não sei dizer"... mas eu gostava do dizer, e das risadas cotidianas, ainda penso dia-a-dia em

Já te escrevi mais de 6 vezes hj... Enviei e deletei... e tantas outras mensagens que gravei de mim pra mim... Te odiei e amei tantas outras vezes... Se fossem quadros seriam tintas diversas misturadas e disformes... Minha paz quer que eu me conforme mas de dentro de mim grita um ódio que não quer ser dor, e de tudo me vem um amor, uma forma de saudade que quer que eu te fale da morte que tive de gente que amo que tá doendo aqui muito e eu queria tanto dividir com você... Eu queria tanto dividir com você... eu queria tanto dividir com você... eu não entendo o que acontece com a gente e é muita fé na vida pra não enlouquecer... Pra não esquecer que eu tenho quase certeza de que os girassóis eram pra mim e que vc sabe que eles estão aqui no fundo de um olhar profundo... Mas não foi comigo que vc quis amanhecer... Agora me diz o que eu faço com vc? Com esse sentimento vazio que insiste em ser seu... Eu odeio ele... Eu odeio ele... eu odeio ele, pq ele ama vc...Ódio e amor são o reverso de

Energia busca equilíbrio, transborda o que é excesso, faz molhar os olhos coloridos de amor, brilhando mais que noite de lua cheia em céu estrelado... Água faz de lago sorriso largo de uma semi-covinha convencida do amor que sente... E coração apenas sente... Bate, bate forte... Borboletas na janela, às vezes no estômago... Pensamentos de felicidade... Vida que vive, abastada do bem de cada dia... Parece que é Amor (as dúvidas fazem tão bem qnt as certezas...).