Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2009

Eu preciso de silêncio.

Eu preciso tanto de silêncio mas o barulho do silêncio é tão ensudercedor! Eu falo tanto com os outros, mas comigo mesma eu grito, grito, grito! Grito numa violência exagerada uma angustia sufocada e penso: Meu Deus, o que será que será???... É que eu só queria amar. Eu amo tanto a liberdade que me invade essa falta de amor. Porque meu amor morreu ou vai ver ele nunca nasceu. O que será que será???... Idaguei outro dia sobre o que seria o amor (ou a minha querida tal liberdade...). Descobri que não sei exatamente o que é. De fato, eu só sei o que não é. Mas talvez isso já seja suficiente. Seja uma marca de personalidade, porque por vezes tenho essa mesma sensação, de não saber quem sou, mas saber exatamente o que não sou. Então, minha amada existe e é até quase carne e osso. Basta então ela nascer, renascer (não sei bem se é caso de reencarnação e ou se gerar de verdade...). Mas o que é certo é que é um parto! Ou aborto? Sinto por vezes que ela é abortada... até em mim (seria meu amor

...

Eu preciso de silêncio.

...

Eu quero tudo num sengundo. Cansei.

Vida de Gado

Ando lendo muito Nelson Rodrigues... Fui contaminda por sua síndrome cronista... Hoje no trem visualizei essa crônica... A cena é simples, simplesmente cotidiana de paulistanos sem carro a caminho do trabalho às 7h30 da manhã... Mas hoje não foi dia de todo dia, dia-a-dia, houve uma novidade: algum trem quebrara na primeira manhã. Acontece às vezes, muda tudo. O trem que passa precisamente de 5 em 5 minutos (nesse horário em que todos saimos de casa rumo ao trabalho), sistematicamente de 5 em 5 minutos, passou a 15, e as pessoas se amontoavam nas plataformas. E a angústia mutiplicava nos corações. Como é desesperador um dia que não foi programado de acordo com o grande relógio virtual da cidade que não para! Dentro do trem, a situação de gado que somos trasnsportados diariamente e que é sublimada, esquecida todo dia foi verbalizada... (Foi no transporte público que eu descobri que aquela lei da física "dois corpos não ocupam um mesmo lugar ao mesmo tempo" poderia ter-se equiv