Trilhas e enredos

 Entre trilhas sonoras e trilhos do trem... Existo. Re-existo. Entre mim e o outro há um caminho. Cada ser que existe nesta Terra traz consigo seu próprio caminho. Somos encruzilhadas. Se o nome santo, teu guia ou assusta o caminho, mede contigo tua passada. Abre caminho. Mede tua passada. Se há momentos em que, num cochicho, resmugam tua caminhada. Segue caminho. Só ouve tua passada. Ouve tua trilha. Trilhos e trilhas, vida que segue, adeus que se seguem, e outras chegadas. Ninguém se vai de véspera e nem se achega sem que seja na hora marcada. Se vem alguém tão distante, seus rostos se cruzam, mas não aprofundas olho no olho, ecoa, seguem, caminham, mas não lhe consegue entrelaçar as mãos, repara, é tua sombra projetada. Ilumina-te, para que sendo Sol e sombras distantes onde te refugias em aconchego do calor escaldante, quem deveras se aproxima esteja disposto a aquecer-se enquanto dia, e que, sendo calor demais, este alguém se saiba também repousar em tuas sombras e tê-las por aconchegantes... Segue tua jornada, equilibra tua luz, enxerga tuas sombras sem projetar-lhes a ponto que te ceguem e por acaso te confundas sê-las um outro alguém que descanso procurava em mais uma encruzilhada... Ninguém há de cruzar teu caminho que te seja à toa... A vida é boa e a estrada, embora às vezes pareça, nem sempre chega ao fim... O santo que te abre o caminho, é o mesmo que te carrega até que retornes do ponto onde partiu. 

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