Roda do destino

Sinto o abraço apertado no peito e o som da voz... Me denuncio, não me espanto e não há como se esconder da vida... Movemos terras e céus mas em hipótese alguma o querer alheio... o quanto sofremos na força do tempo das ilusões perdidas que desenhavam um mundo feito à nossa imagem e semelhança, o bel prazer de se ter o que se quer por capricho de achar que seu caminho é o único caminho da verdade... Tic tac tic tac tic tac... Acaso não te tens cansado de estar assim tão certo do incerto... quanto sofrimento colhendo as rosas, ferindo de espinhos... Na dança da loucura, o mundo gira gira e tu dá voltas no mesmo lugar... No mesmo lugar... Denovo... Cinco encarnações no mesmo lugar... Te põe a bailar e arde no fogo que te queima e teimas... Insiste, insiste, insiste... Buscas o mar, de cara no chão, come terra seca, passa fome, bebe lágrimas, te abraças com a solidão...

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