Selvagens, eu vos queria

Demitam-se todes! Larguem seus empregos! Todo mundo! Antes que seja tarde para viver... Sejamos todes vagabundes... Perambulando além dos muros das cidades... Sejamos nômades... Deixemos de querer prever a natureza das coisas... Acaso não estão fartos de brincar de deus? Tão oniscientes, tão onipresentes, oniprepotentes... Não fartaram-se ainda de brincar de dominar o mundo? Decerto que a terra é plana... Achatou-se nas mãos dos adultos que esqueceram-se de serem crianças... Transformaram seu mundo em tão chatos quanto são... Esqueceram-se da leveza da bola, da brincadeira de girar, girar, girar... onde ciclos se encerram e se iniciam... Acreditam mesmo que podem domá-la, dominá-la, cultivá-la, racionalizá-la... Sejamos irracionais como os animais! Ah... Se tivéssemos como eles a mesma esperteza, certamente que com muito mais destreza estaríamos a ver a vida passar... Fostes então domesticados, pelo seu próprio deus de si condenados a racionalizar.

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