Porre de amor 2

Perdi um amor mas faço boa poesia! De que nos serviria a vida se fosse pra desaguar sem mar pra se banhar, não é mesmo?!... Dessa incertitude caminho por dias livres... Perdi um amor mas ainda posso cantar! Tenho amor-próprio, dá cá pruns goles de matar a sede, me regar e sobrar pra banhar!... Ah... Perdi um amor mas ainda me resta meu próprio canto... Eu me ouço, me rio, minhas vozes, e somos todas tão lindas... Perdi um amor mas ainda posso rimar! Perdi um amor mas ainda posso cantar! Há de mim ainda poesia, nessa vida, nasci pra falar... Calar nenhum há de me calar!... Perdi um amor, mas faço poesia! Devo afogar essa tristeza num bom porre de palavras... Não entendo nada, juro que não entendo nada... Acaso por aqui nessa vida me disseram que o certo era que essas coisas se nasciam de par em par... Não entendo nada ainda desse mundo, mas acaso lhe entendo que aceita minha rima, ahhh farto de poetizar... Dá cá a matar essa minha fome de amor. Me faço meu próprio remédio, ante esse mistério, de ação preventiva que ainda pra mim não me atina essa coisa de que se deva se rimar com dor. Prefiro ainda dobrar a vida em flor (isso sim é que inocentemente ainda se rima com amor!)

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