O bater das asas da borboleta...

Às vezes queria ter-te conhecido em outro momento da vida... Não em outras vidas, acaso penso que possivelmente isso já nos aconteceu... Nesta mesmo, aproveitar-te inteiro, do cheiro, aos fios de cabelo, pontas, membros e profundidade de olhar... Mas pra isso, mexer acaso na delicadeza do acaso, mudar o rumo da batida das asas da borboleta... Implicaria ser eu outra, de tal outra forma, pois foi mesmo nosso encontro e o furacão que se provocou quem me desvirou e virou novamente a contemplar o azul do céu... O caminho não seria o mesmo sem ter te conhecido, não haveria recolhido assim as pedras no caminho, Ametista e cristais com quem hoje rumo a luz a me guiar... Eu não seria eu sem esse encontro, e por isso não me troco, amo profundamente os olhos e o sorriso que hoje habitam o espelho a me contemplar... Teu brilho despertou meu amor próprio, como negar-te na minha existência? Acaso a ti restou papel tão doce, de ser a luz do meu despertar... Tão bonito e tão poético pensar assim... Ainda assim não aplaca a saudade no peito e o gosto do beijo sem demora que por horas daríamos sem fim no amanhecer onde lado a lado iríamos despertar... Ficou guardado comigo ao levantar correndo com medo de deitar no seu peito e me apaixonar... Mal sabia eu que a vida não se evita e o que eu mais temia acabou por me encontrar...

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