Gata, põe os bigodes pra fora, o luar é lindo lá fora!

Ahhh não! Enxuga esse rosto moça, enxuga essa cara, tira a vergonha da cara, que o resto é esse mundão... que te pertence, viu?!... Essa vida intensa, imensa, que te merece e, sim, vc merece! Ou não, vc não merece!!! Não aceite nada, nada, nada, que te restrinja, ninguém que não te aceite... Não aceite, não aceite jogos, conversas, nó que não desata, fardo, pena, ter pena, quem te condena, que te prenda, quem te limite, quem te enrole, não aceite, não implore, não imploda! Basta um não gata, basta uma restrição, basta! Ou não terá fim... Não aceite cara feia, não aceite grosserias, não aceite! Não se condene!... Que a sociedade já te condena... em cada olhar, cada ação e reação, cada não aceitar, cada julgar, de cada pessoa, da mais conservadora ao pseudodesconstruidão... Então, NÂO, gata! Não aceite não! Aceite-se então! Vc é do tamanho que se criar... Seja arte, estandarte! cria-te, recria-te! Não aceite essa criação discriminação que fizeram de vc... Da mão mais afável, do olhar mais doce, tal qual fizeram de ti, gata selvagem, pantera negra, quiseram-te domesticadamente castrada... mas que piada... Ri da desgraça e grite NÂO! Não sou obrigada! A nada... Não tem obrigação, não tem obrigada então... O que dividem contigo não fazem mais que a obrigação! Esse fardo não é seu, já anoiteceu e o luar é lindo lá fora... Vai e olha, põe os bigodes pra fora nesse sereno gostoso, pula a janela, abre essa festa, chega pra arrasar! Chega de tanto chorar!

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