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Água, árvores, pássaros

Água, árvores, pássaros... Teria tanto a dizer mas são esses tons que me vêm à cabeça... Talvez seja pelo tempo escasso que tenho tido em dizer-me e sobre o mundo por aqui. Há tantos temas e que perpassam mas as palavras tem fugido de mim... E me fogem porque não as prendo, porque as suspendo da minha agenda secular... Tempo pra pensar, tempo pra dizer. E a palavra tempo me vem incessante à cabeça pela falta que lhe tenho... Falta-me tempo. Questões políticas, filosóficas, existenciais... Mas quando paro como agora que é hora de criar, deixo-me recriar, esqueço-as todas, purifico-me... Talvez seja porque esse pouco tempo é um ato particular, e divulgar minhas ideias seja deveras cansativo pelo que ando a suportar... Um mundo calado e intangível... Que é silêncio de tanto barulho... que "fala demais por não ter nada a dizer"... sinto-me só por minhas ideias e ideais... Não só de solitária, pois aqueles que amo, em boa parte, compactuam comigo. A sós com o mundo, deparada com a

Papo de buteco...

Madrugada a dentro e os pensamentos não param... E por hora a fora, escola a dentro relembro (retomo?...) minhas paixões adolecentes por outros olhos... Olhos de outros? Não. Outros olhos. Meus mesmo, mas outros. Outros como sou outra... Até porque, outrora não me imaginava assim... E penso quando é que esquecemos de ser tão apaixonados, tão ricos, tão enérgicos, quando é que deixamos de viver com tanta energia, dia-a-dia, carpe diem... É de tanto nos lembrarem, como eu os lembro, que na vida é preciso se pensar o amanhã... Ainda assim tenho dentro de mim que pensar sim no amnhã é preciso, mas insisto em sentir tempo presente... E no mais não estou ausente de mim, do lugar de aprender, escolar-se, descolar-se, conhecer, sentir, amar, conviver, viver... Aprender. É por isso que ensino, pelo tanto que aprendo, me surpreendo, me sinto viva!... E como se aprende na mesa do bar, só se pensa no amanhã na hora da ressaca!!!... Então, não aprendo e nem ensino pro futuro, é pra agora, pra todo

Xxxiiiiuuuuuu!!!

SILÊNCIO!!! Na verdade, na verdade, não tenho nada a dizer. (Assim como todos nós.)

Respiração

Nenhuma metáfora me vem à cabeça... Queria cantar, ouvir música, fazer música... Qualquer arte impensada inundada de tantos pensamentos... Respiro fundo, é respiração tão só. Não é canto ou meditação... é respiração tão só. Tentando desatar um nó constante no peito... Nada feito. É sempre assim... quando se respira e abre a boca pra falar mas não se fala... se cala, se perde as palavras... E era tanta coisa, tanta coisa pra falar... Incomunicáveis. Eu diria que de tudo quanto existe (só do irrisório mundo que vive em mim...), pouco existe para fora. Chega hora que é difícil comunicar esse tanto, encanto, teor de vida. Divina. A palavra é qualquer coisa divina e profana, que elucida e engana, nesse jogo de falar e calar.

Orações

Tenho tanta coisa pra dizer! Tanta coisa!... O quê?... Não sei bem... palavras ainda não nascidas. Um montão de orações insubordinadas.

Passos

Descompasso. No meu passo a passo. Descompasso. Quisera ser uma bailarina e dançar aquela trilha de fazer chorar... Mas descompasso. Falta com no passo... Quisera ser mais social, sociabilizada, intrigada, envolvida na vida entre tantos artistas; mas descompasso. Eu ando outro tempo. Eu quis muito e tanto e talvez ainda queira alguma besteira, ser mais legal. Mas descompasso. Falta-me ritmo. Já aprendi a dançar a dois, mas não sei se mais... Talvez o meu passo a passo nessa trilha seja procurar o compasso com outros, coreografar... Falta-me corpo, sobra-me língua... Afiada feito navalha, nem sempre sabe dizer sem machucar... E só sei falar a quem sabe dançar dança das línguas... Porém e todavia, ainda não inventaram coreografia nas conversas, só na música, então, descompasso. Talvez seja desconexo esse meu blá-blá-blá, talvez, sei lá... Procuro minha trilha, continuo a procurar... Procurar não caminhar o passo da dança, e com balanço coreografar, deixar de dançar à sós... Apesar de gos