Mundo moderno, velhas histórias

Ele era o cara mais idiota que ela já tinha conhecido. Mas ela gostava do seu jeito atrapalhado. Tanto ego pra esconder um universo de inseguranças... Lhe parecia algum tipo de espelho... Seu afeto, então, era um gesto narcísico. O que refletia era um portal no tempo, erros e acertos que ela já tinha cometido. Mas sua conta viera cara, pra ele parecia que não dava nada. O mundo é injusto, disso ela já sabia. Já sabia dessa diferença social de ser ela e de ser ele. Mas ela não queria nesse momento saber de injustiça social, ela queria saber desse apelo carnal, encontro de peles e gostos; ela queria era saber desse universo espiritual, encontro de almas. Ele, não queria saber de nada. Mas ela, não sabia se gostava dele, ou se nesse seu eterno jogo cósmico de repetir a lógica dos deuses, não sabia se gostava dele ou se gostava de gostar.

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