Poética da Re-existência (pros crias)
Companheirx, re-existamos! Num ato de fé sejamos tudo aquilo que quiseram nos fazer morrer... O genocídio da nossa gente começa na mente. A força da mulher, a cura do rapé, o ato de fé! A língua, os corpos, a Arte que é parte de algo maior... Tudo isso que nos roubaram: violentaram a nossa fé. Sim, que seja assim, repetido três, quatro, cinco, seis vezes, três vezes... Fé, fé, fé, fé, fé, fé, fé... Re-existamos. Somos frutos da nossa gente, eles matam, mas nois é igual semente... Da árvore que nois veio, raizes profundas, crias mas nunca mais mudas, florescemos, crescemos, pro-criamos... Nos re-inventamos... Lugares tão nossos, e essa merda toda pra nois é tudo adubo... Eu não mudo. Eu não me mudo. Por isso eu falo, por isso eu canto. Nos transformam. Nos trans-formamos. Raizes profundas. Eu vim pra semente. Nasci na sua mente. Re-existamos.